Mulheres na história
Ada Lovelace
Ada Lovelace. Uma mulher à frente do seu tempo..
Nascida em 10 de dezembro de 1815, Augusta Ada Byron, Condessa de Lovelace, foi uma das responsáveis pelos computadores que temos hoje. Ela é a criadora do primeiro algoritmo do mundo!
As contribuições que Ada Lovelace fez para a matemática são tão significativas que ela tem um dia no ano para celebrar sua importância: a segunda terça-feira de outubro.
Ada foi uma matemática e escritora inglesa considerada a primeira programadora de computadores da história.
Como Ada Lovelace se interessou por computadores?
Ada foi educada de forma particular por tutores e também se mostrou autodidata. No entanto, um marco em seu aprendizado ocorreu em 1833, quando ela conheceu Charles Babbage.
Desde os 19 anos Ada queria trabalhar com o matemático Charles Babbage, que a princípio recusou a aluna. Quando o matemático publicou seu artigo sobre sua máquina analítica em uma revista suíça, pediu a Ada Lovelace que o traduzisse do francês para o inglês e adicionasse suas próprias notas de rodapé. Era o ano de 1842. Em uma dessas notas, ela descreve o algoritmo para a máquina analítica computar os números. O feito possibilitou que, hoje, diversas tarefas sejam realizadas em um computador ao mesmo tempo.
A máquina de Babbage não chegou a ser construída, mas o algoritmo implementou equipamentos futuros. E assim Ada se tornou a primeira programadora da história.
“Apesar do feito, foi só em 1953 que as notas de Lovelace sobre a máquina analítica foram publicadas. A invenção de Babbage foi reconhecida como um primeiro modelo de computador e as notas de Lovelace, como a descrição de um software.” (extraído de Ada Lovelace: 6 imagens para conhecer a criadora do 1º algoritmo do mundo – Revista Galileu | Ciência (globo.com))
Qual foi a contribuição de Ada Lovelace para a ciência?
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Lovelace foi a primeira a reconhecer que a máquina tinha aplicações que iam além da computação pura e que também podia manipular símbolos. Além disso, ela publicou textos sobre o primeiro algoritmo destinado a ser executado por uma máquina desse tipo.
Como resultado, Lovelace costuma ser considerada a primeira a perceber o potencial de uma “máquina de computação” e a primeira programadora de computadores.
As anotações da matemática inglesa são consideradas a primeira e mais completa descrição dos computadores, de acordo com artigo do Nist, National Institute of Standards and Technology do Departamento de Comércio dos Estados Unidos. Por meio de suas habilidades críticas e criativas, Lovelace lançou as bases para escrever o primeiro programa de computador.
“Algoritmos”
Em matemática e ciência da computação, um algoritmo é uma sequência finita de ações executáveis que visam obter uma solução para um determinado tipo de problema.” (Extraído de Glossário de I.A. | I2AI – International Association of Artificial Intelligence)
Apesar de ter vivido poucos anos, Ada Lovelace é considerada a mãe da programação e responsável por parte relevante do progresso científico e tecnológico conhecido como a computação moderna.
Ada Lovelace previu a inteligência artificial
Em um de seus estudos de tradução, ela previu que, embora os computadores tivessem um potencial infinito, eles não poderiam ser realmente inteligentes. Ele argumentou que um programa só poderia ser projetado para fazer o que os seres humanos sabem fazer.
“Em outras palavras, ele acreditava que a inteligência artificial não poderia criar nada original sem aprender com a contribuição humana”, diz Justyna Zwolak, a autora do artigo do Nist.
O Departamento de Defesa dos EUA desenvolveu uma linguagem de programação em 1979 e a batizou com o nome de “Ada”, como uma homenagem à Ada Lovelace.
Ada é um exemplo da mentalidade criativa na ciência, sendo inovadora e pensando de
forma disruptiva. Sua mãe foi matemática e seu pai um poeta.
“O amor de Ada tanto pela poesia quanto pela matemática levou-a a ver beleza em uma máquina de computação”, escreveu Walter Isaacson em seu livro Os Inovadores: Uma Biografia da Revolução Digital (Companhia das Letras, 568 páginas)
Fontes:
Ada Lovelace: a primeira programadora da história – Geek Blog | (geekhunter.com.br)
Outras referências:
Dia de Ada Lovelace celebra a primeira programadora da História – TecMundo
Quem foi Ada Lovelace? Veja história da primeira programadora do mundo (techtudo.com.br)
Ada Lovelace
Grace Murray Hopper
A MULHER QUE MUDOU OS RUMOS DA TECNOLOGIA COM a linguagem COBOL
Conhecida como a “Avó do COBOL”, Grace desenvolveu a base para sua criação além de ser uma das 3 primeiras codificadoras do mundo. Grace Murray nasceu na cidade de Nova Iorque em 1906, sendo a mais velha de três irmãos.[3]Graduou-se em 1928 como bacharel em Matemática e Física e, em 1930, concluiu seu mestrado na Yale University. Em 1934, também na Yale University, conquistou seu Ph.D. em Matemática. Começou a ensinar Matemática no Vassar em 1931 e foi promovida a professora associada em 1941.
Em 1943 foi admitida na Marinha Americana onde foi designada para o projeto de computação do Bureau of Ships da Universidade de Harvard onde se juntou a equipe que trabalhava na Calculadora Controlada por Sequência Automática da IBM, mais conhecida como MARK I, o primeiro computador eletromecânico dos Estados Unidos. Hopper e seus colegas trabalharam em cálculos ultra-secretos essenciais para o esforço de guerra sendo um dos três primeiros “codificadores” (agora conhecidos como programadores). De 1946 a 1949, ela continuou a trabalhar nos computadores MARK II e MARK III sob contratos da Marinha. Ao final de seu mandato de três anos como pesquisadora, ela deixou Harvard porque não havia cargos permanentes para mulheres.
Em 1949, Grace Hopper tornou-se empregada da corporação Eckert-Mauchly Computer como matemática sênior e compôs a equipe de desenvolvimento UNIVAC I – Computador Automático Universal, primeiro computador eletrônico de larga escala conhecido a estar no mercado em 1950. Enquanto trabalhava no UNIVAC I e II, Hopper foi pioneira na ideia de programação automática e explorou novas maneiras de usar o computador para codificar. Em 1952, ela desenvolveu o primeiro compilador chamado Sistema A-0, que traduzia código matemático em código legível por máquina – um passo importante para a criação de linguagens de programação modernas.
Em 1953, Hopper propôs a ideia de escrever programas em palavras, em vez de símbolos, mas lhe disseram que sua ideia não funcionaria. No entanto, ela continuou trabalhando em um compilador de idioma inglês e, em 1956, sua equipe estava executando o FLOW-MATIC, a primeira linguagem de programação a usar comandos de palavras. Ao contrário do FORTRAN ou MATH-MATIC, que usavam símbolos matemáticos, o FLOW-MATIC usava palavras comuns em inglês e foi projetado para fins de processamento de dados. Ela também demonstrou como os programas podem ser escritos em idiomas baseados em palavras que não o inglês.
Na primavera de 1959, especialistas da industria e do governo juntaram-se em uma conferência que durou dois dias conhecida como a Conference on Data Systems Languages (CODASYL). Hopper foi consultora técnica para a comitê, no comitê que definiu a nova linguagem COBOL (um acrônimo para COmmon Business-Oriented Language).
A nova linguagem estendeu a linguagem FLOW-MATIC de Hopper com algumas da equivalente da IBM, o COMTRAN. O projeto de Hopper de criar linguagens baseadas em palavras ajudou a expandir a comunidade de usuários de computador. Tornar os computadores acessíveis a pessoas sem formação em engenharia ou matemática era especialmente importante em um momento em que as empresas de informática estavam comercializando seus produtos para o setor privado. Ao desenvolver programas que usavam comandos de palavras em vez de símbolos, Hopper acreditava que mais pessoas se sentiriam à vontade usando computadores, principalmente para aplicativos de negócios, como folha de pagamento.
Em uma entrevista de 1980, Hopper explicou: “O que eu buscava ao iniciar o idioma inglês [programação] era trazer outro grupo inteiro de pessoas capazes de usar o computador com facilidade… Continuei pedindo idiomas mais amigáveis. A maioria das coisas que recebemos de acadêmicos, pessoas de ciência da computação, não é de forma alguma adaptada às pessoas.” (em livre tradução, extraído de Biography of Grace Murray Hopper | Office of the President (yale.edu) )
Fontes:
Biography of Grace Murray Hopper | Office of the President (yale.edu)
Grace Hopper – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)
Grace Hooper
Irmã Mary Kenneth Keller, pioneira na ciência da computação
Em 1958 Mary passou a trabalhar em uma oficina de ciência da computação na Fundação Nacional de Ciência, nos EUA, que ficava na Darthmouth College – onde participou do desenvolvimento da linguagem de programação BASIC (Beginner’s All-purpose Symbolic Instruction Code, ou “Código de Instruções Simbólicas de Uso Geral para Principiantes”, em português). Essa linguagem foi utilizada por décadas com fins didáticos, até ser substituída pelo Pascal, por ser mais arrojado e seguro.
Envolvida com didática, educação e ensino, Mary enxergou potencial nos computadores para se tornarem uma ferramenta educacional e em prol do desenvolvimento humano, promovendo o ensino de qualidade e aumentando o acesso à informação. Em 1965, logo após adquirir seu doutorado, a Irmã fundou um departamento de ciências da computação na Universidade Clarke, onde permaneceu atuando como diretora até falecer em janeiro de 1985 aos 71 anos de idade.
Além de sua tese de doutorado, a Irmã Mary Kenneth Keller escreveu outros quatro livros sobre computação e programação durante sua vida, e essas obras são referência nesse segmento até hoje. Graças à notoriedade do trabalho da religiosa, hoje a Universidade Clarke mantém o Centro de Serviços de Computação e Informação Keller, além de também fornecer uma bolsa de estudos em ciência da computação para os estudantes necessitados.
Visionária, Mary teria dito em uma determinada ocasião que “pela primeira vez, podemos simular mecanicamente o processo cognitivo”, já prevendo a existência de inteligências artificiais em uma época em que esse conceito era tido como apenas uma narrativa de ficção científica. “Nós podemos estudar inteligências artificiais. Além disso, esse mecanismo [o computador] pode ser usado para auxiliar pessoas no aprendizado. À medida que teremos alunos cada vez mais maduros e em maior número com o passar do tempo, esse tipo de ensino provavelmente será cada vez mais importante”, previu a pioneira na ciência da computação.
E suas previsões se concretizaram: 31 anos após a morte da Irmã Mary Kenneth Keller, vivemos em uma época em que a computação é amplamente utilizada em instituições de ensino e vemos surgir a todo momento novas tecnologias e ferramentas que não somente melhoram a qualidade do ensino em geral, como ajudam a levar a educação a um número cada vez maior de pessoas.
Irmã Mary Kenneth Keller
Katherine Johnson: a matemática que levou o homem à Lua
Nascida em 1918, Katherine foi fundamental em cálculos na época da corrida espacial e no desenvolvimento de aplicações para computadores da NASA. Ela chegou a ser representada no filme “Estrelas Além do tempo” que reconstruiu o período em que realizou cálculos de trajetórias orbitais para os primeiros voos espaciais tripulados para a Lua.
Sua conquista atravessa também questões sociais pelo fato de ser uma das primeiras mulheres negras a entrar para o Centro de Pesquisa Langley. E NASA reconhece em seu site que “não teria sido possível realizar uma série de marcos históricos sem Katherine Johnson e seu amor pela matemática”.
Em 1962, Katherine executou a mão as mesmas equações orbitais que foram programadas por computadores, essas equações orbitais que controlariam a trajetória da cápsula na missão orbital, a complexidade do voo orbital exigiu a construção de uma rede mundial de comunicações, conectando estações de rastreamento em todo o mundo aos computadores IBM em Washington, Cabo Canaveral e Bermudas. Além disso, seus cálculos ajudaram a sincronizar o Módulo Lunar do Projeto Apollo com o Módulo de Comando e Serviço em órbita lunar, também trabalhou no Ônibus Espacial e no Satélite de Tecnologia de Recursos Terrestres. Após 33 anos de carreira em Langley, Katherine se aposentou em 1986. Em 2015, aos 97 anos, o então presidente, dos Estados Unidos, Barack Obama concedeu-lhe a Medalha Presidencial da Liberdade.
Katherine Johnson faleceu aos 101 anos, em fevereiro de 2020 e em sua homenagem, a NASA dedicou o Centro de Pesquisa Computacional Katherine G. Johnson no Centro de Pesquisa Langley, por toda sua contribuição para a pesquisa e o desenvolvimento espacial.
Katherine Johnson
Karen Sparck Jones, criadora do conceito dos sites de busca
Se hoje você digita algo em um site de busca e recebe respostas em segundos, agradeça à britânica Karen Sparck Jones. É que ao invés de tentar ensinar às pessoas a usarem um código para a operação dos computadores, como faziam a maioria dos cientistas, Sparck Jones ensinou os computadores a entenderem uma linguagem comum.
O conceito, conhecido como “freqüência inversa do termo”, é a base dos sistemas de busca e localização. Eles analisam os termos que mais aparecem nos textos e os cruzam com um sistema de filtro, mostrando a relevância dos temas para a busca.
Sparck Jones nasceu em agosto de 1935 no condado de Yorkshire, e morreu de câncer aos 71 anos, em 2007, no condado de Cambridgeshire. Ela desenvolveu seus estudos na Universidade de Cambridge, sempre na Inglaterra, na qual trabalhou entre 1974 e 2002.
Pouco antes de morrer, ela disse em uma entrevista à Sociedade Britânica de Computação que “qualquer coisa que aplica indexação ponderada usando qualquer informação estatística estará usando uma função de ponderação que eu publiquei em 1972.” Em 2008, a mesma sociedade criou o prêmio Karen Sparck Jones, que reconhece pesquisadores na área de recuperação de informação
Até hoje, pesquisadores ainda aplicam as fórmulas criadas por ela. Algumas das ideias e teorias que ela desenvolveu têm começado a ser colocadas em prática em pesquisas sobre inteligência artificial.
Kären Spärck Jones
Margaret Hamilton: a mulher que fez com que o homem pisasse na Lua
Talvez você não esteja familiarizado com o nome Margaret Heafield Hamilton – cientista de computação responsável por desenvolver o conceito moderno de software e criar o programa de voo utilizado na Apollo 11 (a primeira missão tripulada à Lua).
Em 1960, as mulheres não eram encorajadas a estudar assuntos técnicos ou computação, porém isso não foi um empecilho para que Hamilton se aprimorasse. Com apenas 24 anos, ela foi trabalhar como programadora no MIT, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts, depois de obter um diploma em Matemática. Nesse período, o Projeto Apollo foi lançado pela NASA, e toda a ajuda de engenheiros, programadores e matemáticos estava sendo requisitada.
Logo Hamilton estava dentro do projeto, contribuindo em um dos laboratórios do MIT com os códigos de voo que seriam necessários para levar o homem à Lua. Hamilton levava a pequena filha Lauren (de somente 4 anos) ao escritório nos finais de semana e quase todas as noites para poder trabalhar mais na programação da Missão Apollo 11.
Margareth logo foi promovida ao cargo de diretora de programação dos projetos Apollo e Skylab. Liderando a equipe de matemáticos e engenheiros do MIT, ela estava com a nada simples incumbência de programar a nave para pousar e navegar pela Lua. A própria Margaret foi encarregada de escrever os códigos para o primeiro computador portátil do mundo em conjunto com Hal Laning e Dick Batton – isso em um período em que faltavam mais de 10 anos para a Microsoft ser fundada e muito mais para a computação em geral se popularizar.
Simulações de todas as situações possíveis deveriam ser realizadas antes que a nave voasse para que o computador conseguisse pilotá-la de modo bem-sucedido, independente do que acontecesse. De acordo com Don Eyles, engenheiro que também foi membro do projeto, essa foi a primeira vez que um computador recebia tamanha responsabilidade. Sem ele, Neil Armstrong jamais teria pisado no solo da Lua – sem o software escrito por Hamilton, Eyles e todo o time de engenheiros do MIT.
O trabalho dessas pessoas, principalmente o de Margaret Hamilton, foi capaz de evitar que o pouso da Apollo 11 na Lua fosse abortado. Quando faltavam somente três minutos para a nave pousar, vários alarmes começaram a disparar, o que fez com que o computador ficasse sobrecarregado com as atividades do radar e de aproximação (dispensáveis naquele momento).
Contudo, graças à arquitetura do software desenvolvido, o sistema fez com que as atividades prioritárias interrompessem as secundárias, permitindo que o computador funcionasse tranquilamente. Como o software fora programado para desconsiderar as tarefas desnecessárias no pouso, não houve problema algum.
Hoje, Margaret Hamilton é creditada por ter criado a expressão engenharia de software, além de já ter recebido inúmeros prêmios e homenagens e publicado mais de 100 artigos científicos da área. Ela merece todo esse reconhecimento, principalmente por ter desempenhado um papel tão importante em um campo dominado quase que 100% por homens nos anos 60.
Texto original: Margaret Hamilton: a mulher que fez com que o homem pisasse na Lua – TecMundo
Outras referências:
Margaret Hamilton: a mulher por trás do sucesso da Apollo 11 – Blog da Engenharia
A nerdinha que salvou a Apollo 11 – Meio Bit
Margaret Hamilton: Mãe Cientista na Liderança do Apollo 11 – Horizontes (sbc.org.br)
Margaret Hamilton
Menina também joga (e ainda trabalha com desenvolvimento de games). Mas é sabido que, assim como em demais setores do universo da tecnologia e da ciência, é um tanto difícil que mulheres conquistem seu espaço dentro desses “clubes do bolinha”. Contudo, algumas se destacam e a primeira delas no mundo dos games foi Carol Shaw, desenvolvedora de jogos eletrônicos no final da década de 1970.
Sim, Shaw é a primeira mulher a trabalhar na indústria de games, sendo uma das principais pioneiras para a igualdade de gêneros nesse segmento. Primeiro, a desenvolvedora trabalhou em Polo (jogo de 1978 feito para uma campanha promocional da grife Ralph Lauren), e na sequência lançou comercialmente o primeiro jogo criado por uma mulher: era o 3-D Tic-Tac-Toe, de 1979, baseado no tradicional jogo da velha. Depois, entrou na Activision, onde programou River Raid em 1983 – seu game mais famoso.
River Raid permitia até dois jogadores em turnos alternados para controlar um avião que sobrevoa um rio, mas, diferentemente dos jogos de tiro lançados até então, em que todo o jogo se passava em uma tela fixa, em River Raid o avião movia-se verticalmente ao longo do rio e combatia inimigos como navios, helicópteros e aviões rivais.
Com nível de dificuldade progressivo, o próprio jogador regulava a velocidade do voo, e outra inovação deste jogo foi a introdução de um tanque de combustível limitado, que obrigava o jogador a reabastecer a aeronave nos postos espalhados pelo rio. Ou seja, o jogador precisava se atentar não somente aos inimigos iminentes, como também ao estoque de combustível e planejar suas jogadas para que desse tempo de chegar ao próximo ponto de abastecimento. Apesar de ainda ser desconhecido algum jogador que tenha chegado ao final de River Raid, alguns sites demonstram um suposto final verdadeiro do jogo.
Aposentada antes de chegar à terceira idade graças ao imenso sucesso de River Raid, Carol Shaw passou a realizar trabalhos voluntários em organizações relacionadas à tecnologia. Uma dessas organizações por onde passou como voluntária foi o Foresight Institute, uma organização não governamental que visa promover tecnologias com potencial para transformar o mundo, como, por exemplo, a nanotecnologia molecular. Na ONG, Carol atuou como CIO cuidando da manutenção de computadores Macintosh e também de um servidor Windows NT, permanecendo no trabalho voluntário até 2001.
Carol Shaw
Susan Kare: a mulher que revolucionou o design gráfico dos pixels!
Quando você está trabalhando no seu notebook, colocando um emoji numa mensagem ou mandando um presente virtual no Facebook, você está interagindo com o legado da ícone designer Susan Kare. Ela foi uma das poucas mulheres que tiveram a oportunidade de se destacar na Apple, se tornando uma figura icônica no design digital.
No início dos anos 80, a equipe da Apple estava preparando uma revolução tecnológica, o primeiro Macintosh, que iria mudar o curso da tecnologia e a forma como as pessoas interagiam com ela. Mas o Mac precisava de muito mais do que apenas poder de processamento e capacidade; ela deveria ser acessível, fácil de usar e amigável para o usuário.
Em 1982, quando chegou a hora de contratar um designer, um dos programadores, Andy Hertzfeld, já tinha a candidata perfeita em mente. Andy e Susan se conheciam desde os 14 anos e tinham sido colegas de classe.
Andy a chamou e mostrou a ela uma versão “crua” do Macintosh. Ele explicou que o computador precisava de gráficos e deu a ela um pedaço de papel milimetrado para que desenhasse pequenas imagens compostas por quadrados. Esses desenhos seriam posteriormente transferidos para a tela do computador. Susan achou o trabalho fascinante e aceitou. Ela até aceitou um Apple II como pagamento, embora nunca o tenha usado para criar os gráficos para o Macintosh.
A história de Susan Kare e sua influência na indústria de tecnologia não parou na Apple. Após deixar a empresa, ela criou papéis de parede, ícones e elementos de design para o sistema operacional Windows 3.0 da Microsoft. Um de seus trabalhos mais reconhecidos para a Microsoft foi o design do jogo Paciência, que se tornou o passatempo favorito dos funcionários de escritório antes da chegada da internet.
Em 2015, Susan Kare foi contratada pelo Pinterest para supervisionar o design geral do app. Em fevereiro de 2021, a designer se juntou à equipe da Niantic Labs. A partir de 2022, ela passou a liderar seu próprio escritório de design digital em San Francisco, onde vende impressões limitadas e assinadas de sua arte.
Texto original: Susan Kare: biografía da pioneira da arte em pixels e por que ela se tornou conhecida no mundo inteiro (ebaconline.com.br)
Outras referências:
Mulheres Históricas: Susan Kare revolucionou o desgin gráfico nos computadores – Canaltech
Susan Kare, a mulher por trás dos computadores icônicos (fahrenheitmagazine.com)
Susan Kare: a mulher que revolucionou o design gráfico dos pixels! (helioprint.com.br)
Susan Kare
Radia Perlman: A mãe da Internet
Em 1985, a Engenheira de Redes e Designer de Software Radia Perlman criou um algoritmo que foi base para o surgimento do Spanning Tree Protocol, regulamentado em 1990 como IEEE 802.1d. Para explicar o funcionamento deste algoritmo Radia criou o poema abaixo:
Algorhyme (by Radia Perlman)
I think that I shall never see a graph more lovely than a tree.
A tree whose crucial property is loop-free connectivity.
A tree that must be sure to span so packets can reach every LAN.
First, the root must be selected.
By ID, it is elected.
Least-cost paths from root are traced.
In the tree, these paths are placed.
A mesh is made by folks like me, then bridges find a spanning tree.
Algoritmo (por Radia Perlman)
Acho que nunca verei um gráfico mais lindo do que uma árvore.
Uma árvore cuja propriedade crucial é a conectividade sem loop.
Uma árvore que deve se estender para que os pacotes possam chegar a todas as LANs.
Primeiro, a raiz deve ser selecionada.
Por ID, é eleito.
Os caminhos de menor custo a partir da raiz são rastreados.
Na árvore, esses caminhos são colocados.
Uma malha é feita por pessoas como eu, então as pontes encontram uma árvore geradora.
Criadora do Protocolo Spanning-Tre (STP), o algoritmo que em 1985 deu origem à Internet conectando os pacotes de dados das primeiras redes, a americana Radia Perlman não se considera a mãe da Internet, como muitos a chamam.
Muito pelo contrário, trinta e quatro anos depois de uma invenção que ainda hoje não foi substituída para navegar pela Internet, Perlman prefere falar da criação de “uma pequena peça que acrescentou ao resto” para conectar muitas redes. “Eu estava no lugar certo, na hora certa”, simplificou Perlman.
Além de brilhante, Radia Perlman é modesta.
Hoje, Radia Perlman é reconhecida como a grande responsável pelo avanço da internet e, principalmente, por ter possibilitado a comunicação de maneira instantânea entre computadores.
Por causa de sua imensa contribuição para a edificação da internet, no ano de 2014 ela passou a integrar a Internet Hall of Fame e, em 2016, o reconhecimento mais importante: a calçada da fama da National Inventors Hall of Fame.
Radia Perlman
Mulheres na atualidade
Dilma Menezes da Silva
Ela é uma brasileira com PhD em Ciência da Computação que hoje vive nos Estados Unidos, onde recebeu o prêmio ACM Distinguished Scientist, que reconhece profissionais que contribuíram de forma significativa no campo da computação.
Era 2008 quando Dilma Menezes da Silva ajudou a desenvolver uma das tecnologias mais essenciais dos dias de hoje: a computação em nuvem. Boa parte dos serviços online que usamos no cotidiano só são possíveis porque essa tecnologia existe.
Dilma atuava na IBM Research, em Nova York, nos EUA, como líder de sistemas operacionais quando seu grupo pesquisava o tema. “Tínhamos uma nuvem que usávamos internamente na IBM e eu era uma das líderes”, lembra. Algum tempo depois, ela foi para a Qualcomm Research, na Califórnia, e lá dedicou-se à interface da computação móvel com a nuvem.
Então, se você usa Netflix, aplicativo de banco, e-mail online, e-commerce e diversas outras aplicações, Dilma é uma das responsáveis por isso. Cientista da computação, ela sempre esteve envolvida com pesquisa acadêmica no segmento de desenvolvimento de software em máquinas virtuais. “As máquinas virtuais são o elemento básico da computação em nuvem.”
Dilma Menezes da Silva
Clarisse Sieckenius de Souza: linguagem e computadores inteligentes
Clarisse Sieckenius de Souza (Rio de Janeiro) é uma cientista da computação, escritora e professora titular no Departamento de Informática da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), onde ela faz pesquisas na área de interação humano-computador (HCI) e desenvolveu a teoria da engenharia semiótica.
Foi, juntamente com seus alunos de mestrado e doutorado, a criadora da internacionalmente conhecida Engenharia Semiótica, a primeira teoria semiótica para a Interação Humano Computador proposta no âmbito da Informática. Clarisse foi coordenadora do SERG – Semiotic Engineering Research Group (grupo de pesquisas em Engenharia Semiótica), hoje parte do Laboratório Ideias. Esta teoria foi posteriormente expandida para tratar de desenvolvimento de software centrada em pessoas (Human-Centered Software Development) e também, mais recentemente, aspectos éticos no design de sistemas inteligentes. Clarisse é Bacharel em Tradução e Interpretação de Conferências – Inglês e Francês (1979), Mestre em Língua Portuguesa (1982) e Doutora em Linguística Aplicada (1987) pelo Departamento de Letras da PUC-Rio. Hoje em dia, dedica-se ao estudo de filosofia da tecnologia e a explorações no campo da ética e mediação algorítmica de processos sociais. Nestas atividades, tem buscado encontrar e estreitar parcerias interdisciplinares com as ciências sociais e humanas.
Clarisse Siecknius
Kimberly Bryant: Como criar oportunidades para mulheres negras na tecnologia
Kimberly Bryant, líder visionária na tecnologia, fundadora da ASCEND Ventures. Promove oportunidades para fundadores marginalizados em Web3, sustentabilidade, agtech e femtech. Criou o Black Innovation Lab para moldar líderes que usam a tecnologia para impacto social e equidade, após o sucesso com o Black Girls CODE. Reconhecida internacionalmente por seu impacto transformador no setor de tecnologia, é uma palestrante influente e defensora da diversidade na tecnologia.
Quando estava na faculdade, Engenheira da Computação, Kimberly Bryant se sentia numa espécie de ilha: havia poucas mulheres na sua turma, e pouquíssimas delas eram negras. Quando começou a trabalhar, não encontrou situação diferente. “Muitas vezes, eu era a única mulher na sala de reunião. Era certamente a única na liderança de uma equipe técnica.”
Mais tarde, a filha de Kimberly, Kai Morton, então com 11 anos, começou a se interessar por games e ciências. Mas não havia na comunidade lugares onde Kai pudesse desenvolver essas habilidades. E Kimberly não queria que a filha se sentisse tão sozinha quanto a mãe.
Desse pensamento nasceu a organização sem fins lucrativos Black Girls CODE, criada por Kimberly em 2011. O BGC oferece cursos de extensão e workshops de programação para garotas negras e tem hoje 14 unidades.
Kimberly Bryant
Nina da Hora e a Justiça Algorítmica
Nina da Hora, cientista da computação e ativista, é formada em Ciências da Computação pela PUCRio. Mestranda em Inteligência Artificial na Unicamp, pesquisa Justiça Algorítmica. Especialista de Domínio na Thoughtworks, colabora com as Nações Unidas. Fundou o Instituto da Hora, uma organização sem fins lucrativos para promover narrativas antirracistas e direitos digitais. Reconhecida na lista Forbes 30 Under 30. Colunista da MIT Technology Review, onde escreve sobre ciência, tecnologia e sociedade.
No momento é mestranda em Inteligência artificial na Unicamp e está se dedicando a pesquisa sobre justiça algorítmica.
Nina se autodenomina HackerAntirracista e uma Cientista da computação em construção. Preocupada com a sociedade atual fundou em 2020 o Instituto da Hora , uma organização sem fins lucrativos, fundada por mulheres negras e indígenas e liderada pela HackerAntirracista. Buscando, assim, descentralizar o conhecimento científico, potencializar narrativas antirracistas na tecnologia e emancipar os direitos digitais no Brasil.
Nina da Hora
Parisa Tabriz, a princesa hacker que defende o Google
Parisa Tabriz é uma especialista em segurança da computação iraniana-americana que trabalha na Google como Vice-Presidente de Engenharia. Ela escolheu o título “Princesa da Segurança” em seu cartão de visita. É paga para pensar como os hackers e conhecida na web como a Princesa do Google.
Na Faculdade estudou engenharia mas interessou-se pelo assunto da segurança cibernética. Aconteceu quase por acidente: o seu site pessoal – onde publicava fotografias e arte digital – foi alvo de um ataque por parte de hackers. Curiosa, Parisa Tabriz tentou perceber por que é que isso tinha acontecido e acabou por trilhar o caminho que hoje a define.
Ingressou então num clube da Faculdade sobre segurança na Internet. Era a única mulher e, entre outras coisas, aprendeu estenografia, a arte de esconder informação em código à vista de todos. Divertia-se a enviar mensagens dissimuladas em fotos de gatinhos.
Parisa Tabriz lidera uma equipa de 30 pessoas que, todos os dias, ataca os sistemas de segurança do Google Chrome à procura de erros. É preciso pensar como um hacker para conseguir defender o browser. E só com esta ideia em mente é que a equipe será capaz de executar o trabalho eficientemente.
“Dou o exemplo de uma máquina de venda automática e incentivo-os a pensar em formas de conseguir os chocolates sem pagar”, disse Parisa à revista Nature.
Num edifício onde a segurança é a palavra prioritária – e onde ninguém pode entrar, além da equipe – Trabriz trabalha com milhares de computadores que testam automaticamente a segurança do Google. A multinacional também promove concursos e oferece prémios no valor de 2 milhões de euros a quem indicar vulnerabilidades no sistema. Mas a Princesa do Google tem trabalhado bem e em 2014 só um hacker conseguiu atacar o browser.
Parisa Tabriz
Depoimentos
"O Movimento Mulheres na TI é um sonho sendo realizado que teve como seu predecessor o “Elas na TI”, cuja primeira reunião foi em 14/09/2018. Mas com pouco patrocínio, e embora fossemos apaixonadas, o assunto não fluiu naquele momento. Na época a ideia veio a partir da observação de movimentos externos semelhantes.
Ao ver nascer o Movimento Mulheres na TI e como ele em tão pouco tempo se tornou referência nacional, é mais que um sonho realizado, é mágico. Ele é inclusivo, diverso e está ajudando a mudar a cultura do país para o tema. Tenho orgulho de fazer parte!
Em um Movimento com essas características, colheremos os frutos somente em cinco anos e é necessário muito esforço para que as carreiras de TI fiquem mais diversas.
Parabéns a todas as organizadoras e organizadores. E parabéns pela condução do tema!"
Eu gosto de ficção científica. “O Jogador Número 1 é um livro que conta a história de pessoas que pararam de viver no mundo real, é como se fosse um metaverso.” A tecnologia é uma aliada com a qual precisamos aprender a lidar.
A equipe na qual eu trabalhei na Tecnologia do Banco do Brasil foi bastante receptiva comigo. Viram que eu estava disposta a aprender e criamos uma relação de confiança.
A adolescência é um momento em que tudo é muito intenso e de aprendizados importantes. É importante que a gente saiba aproveitar as oportunidades porque nossas escolhas mudam quem somos.
O movimento Mulheres Na TI é essencial para ultrapassar as barreiras de gênero que existem na área da tecnologia. Como uma garota da TI pude ter exemplos incríveis de mulheres inspiradoras dentro do banco!"
Meu primeiro empurrão foi me matricular em uma graduação a distância sobre Big Data e Inteligência Analítica, em vias de término e com a certeza de que "só sei que nada sei", mas continuo aprendendo.
Meu segundo empurrão foi me matricular nos Embaixadores Analytics. Esse foi ainda mais desafiador porque concorria ou com as atividades do trabalho ou com as tarefas extra Banco (casa, família, faculdade, amigos, ser mulher etc.). Sem sucesso no momento, mas foi mais uma semente plantada, com raiz, que um dia pode brotar.
Meu terceiro empurrão: Guardo com muito carinho e admiração! Agradecimentos especiais a Adriana Haygert Pantaleao e a Priscilla de Souza Gomes Pacheco, executoras do nosso encontro "Workshop de SQL". Voltar a falar em SQL, uma linguagem que tive contato nos meus 20 e poucos anos, de uma forma objetiva, clara, entusiasmada e com muita energia, além de ser presencial... não há palavras que consigam descrever minhas emoções quando lembro do nosso encontro.
Pois bem! A partir dali, respirei fundo e tomei posse de um propósito antigo: me dedicar, hoje mais que ontem, amanhã mais que hoje, para a transição de carreira!
E as portas foram se abrindo: participei de entrevista e mudei de equipe (mesma área, movimentação lateral, mas uma gerência mais especialista e que usa muito análise de dados e programação); levantei a outra mão e iniciei a Mentoria de TI (sou mentorada no MMTI).
Gratidão! Vcs me ajudaram a dar passos na direção da TI!
"Olá, me chamo Priscila, tenho deficiência visual e quero compartilhar um pouquinho da evolução que vem acontecendo na minha carreira.
Eu sou Analista de acessibilidade sênior, e faz 5 meses que venho trilhando esse novo caminho que escreveu um novo capítulo na minha história profissional. Um capítulo de muito crescimento e cheio de oportunidades maravilhosas!
Faz 5 meses que fui contratada pela Castgroup, para prestar serviços para o BB realizando testes de acessibilidade. Quando iniciei na Cast, eu era uma simples analista, hoje me tornei protagonista da minha carreira e vida profissional.
Atuo há 4 anos com testes de acessibilidade, mas durante todo esse tempo nunca consegui ter a visibilidade que consegui em 5 meses atuando dentro do BB.
E a oportunidade que foi o divisor de águas para esse protagonismo, foi participar de uma live moderada pelo grupo “Movimento Mulheres na TI”. Fui convidada pela Simone Raquel, que atua na área de CX, trabalhando com inclusão, acessibilidade e experiência do funcionário e contratados.
Ter recebido esse convite, fez com que eu pudesse trazer minha experiência profissional, meu conhecimento de como é atuar como mulher cega no mercado de tecnologia, enfim foi fantástico, ser ouvida, compreendida e respeitada como a grande profissional que sou.
Só tenho a agradecer a Simone e a toda a equipe que faz parte desse movimento por ter me proporcionado essa oportunidade. Depois dessa participação na live, minha carreira deslanchou, e agora tenho mais uma oportunidade maravilhosa, estar no BB Digital Week, que me trará mais visibilidade ainda e me fará subir mais degraus na minha escada rumo ao sucesso!"
"No dia 31/08 desse ano, pude assistir a uma live no Youtube, organizada pelo Movimento Mulheres na TI, onde a Priscilla Pacheco compartilhou conosco sobre os principais erros que são cometidos por quem quer fazer transição de carreira para TI. Foi um momento muito rico, que me permitiu refletir sobre o meu caminho até aqui, meus erros e acertos na jornada.
Também fiquei encantada com a paixão perceptível que ela tem pela área, e que SIM, é possível termos mais mulheres trabalhando com Tecnologia no BB!
Só tenho muito a agradecer à Priscilla e ao MMTI por todo suporte nessa capacitação e também por engajamento que tenho percebido entre colegas, pra fazer esse movimento crescer.
Torço para que mais ações como essa existam no futuro. Já estou participando de algumas que estão acontecendo e adorando tudo!
Meu obrigada a todos os envolvidos"